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ANA TORRES

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Portfólio 2024

Ana Torres (1991, Brasil) é artista visual e escritora paulistana. Bacharel em Ciências Sociais e bailarina de formação, sua pesquisa envolve intimidade e melancolia no universo feminino. Por meio de performances, no digital ou ao vivo, Ana discute a economização da expressão artística e a financeirização do cotidiano na exploração dos afetos. 

 

Ana é a criadora e diretora de Meus Fluídos, a farmácia do absurdo. Um e-commerce de lágrimas em resposta a uma performance realizada em 2019 onde a artista chora em plataformas de streaming. Ao escrever obsessivamente cartas para amantes ausentes, Ana publica cartas de amor ridículas no mesmo território digital - Meus Fluidos - com o objetivo de trazer drama e devaneios para suas tentativas de comunicação. 

Atualmente Ana vive em Portugal, estuda Design e Cultura Visual no IADE e esteve em residência no Hangar em Lisboa (2021), onde aprofundou sua produção no âmbito da performance e intimidade. Ana participou da exposição See you, tomorrow na Galeria Atopos, em Veneza (IT) e foi selecionada na CompactaMAG do Museu de Arte Contemporânea de Goiânia (BR).

Trabalho Information Visualization IADE, 2023

Projeto IADE sobre ansiedade, 2023 - texto e fotos

Cartas de amor são ridículas, 2021
Performace 

A ideia de escrever muitas cartas me entristece

 

Cartas de amor são ridículas foi apresentado no formato que nasceu; na horizontal, navegando na solidão e sofrimento testemunhados por um colchão. 

 

A escrita reflete um estado de espírito e mental, que circunscreve o processo em relação ao tempo, espera e repetição. 

 

São longas narrativas e eternas linhas que se cruzam e dispersam num movimento barroco sem fim. O sono, sonho, vigília e desejo são apresentados num ato de abertura e de fala. 

Cartas de Amor são Ridículas, 2020

Cartas de amor em http://meusfluidos.com/cartasdeamorsaoridiculas

Cartas não é somente um trabalho de gravação da dor mas, um estatuto, um balanço geral de questões universais. O íntimo, o detalhe, o que escapou e não entrou no convencional. A exterioridade das relações como algo flutuante, fruto do tempo. 

 

Não é na escrita dos fatos, mas na relação dos fatos, diante do mundo interno e externo. Ana pensa política como grandes bobagens em meio a queixas de um coração partido, mostrando um lugar onde encaramos o temor à vida como filosofia, tragédia e arte. 

 

O projeto Cartas de amor são ridículas é resultado do mergulho na intimidade e melancolia da artista, que explora a erotização da vida e do sofrimento na fronteira entre o real e o absurdo, apresentando uma coleção de variáveis que formam cada unidade num tempo descontínuo, como gotas. 

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Meus Fluídos , 2020

Marketplace de lágrimas no território digital http://meusfluidos.com/shop

Como manifestação de arte e performance, Meus Fluídos explora subjetividades comercializadas e discute as novas psicopatologias do capitalismo cognitivo que tomam conta dos nossos corpos, sonhos, desejos e discursos.

Num mundo patriarcal, neoliberal e neocolonial: a venda de fluídos satiriza e escancara a manifestação do choro enquanto produto comercial. Meus Fluídos é o retorno em mercadoria de um pranto antes calado. Junto ao produto, apresenta-se uma bula-manifesto como manual de uso em analogia a substâncias terapêuticas e farmacêuticas.

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Soares Pereira, ou Super Puta, 2020

Ali dentro, dança e silêncio acompanhavam o balanço da tragédia e, o movimento humano vinha embebido no quieto burburinho da ornamentação.

 

Pela aplicação de rostos femininos marginalizados em antigos kits de porcelana, Soares Pereira, ou Super Puta traz a atmosfera que envolve e questiona a anormalização e patologização da figura feminina, especialmente na vida doméstica.

Cut by a catfish, 2019 - 2021

10cm x 15cm.  

A senile woman who is crowded with a host of lice that have eaten up a variety of time, an infant who is troubled by a hernia and looks like a tiny bag of dung.

 

Inspired by Hijikata’s play Ailing Dancer, Cut by a catfish, 2019,  is a pair of analogue self-portraits made during a self isolation time a year before the pandemic lockdown. 

 

The images, as Hijikata’s Ailing Dancer is closely associated with the weakened or emaciated body.

 

The both images are printed in hahnemulhe paper. The first print is one photography and the second is the result of films overlapped. 

Meu corpo tem órgãos, 2019/2020
Performance 
link da edição

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MEU CORPO TEM ÓRGÃOS

4'57"

2020

 

Edição e intervenção no registro da performance Meu corpo tem órgãos onde são mapeados órgãos, ligamentos e estruturas no corpo numa busca por racionalidade e sobrevivência. O exercício reflete o complexo vivo que existimos como resultado de uma sinergia entre o dentro e fora do corpo humano.

 

A humanidade criou ecossistemas assim como a vida interna do nosso organismo. O corpo é território onde as células estão vivas e a mobilidade e o fluxo de água são veias e artérias que crescem em seus próprios caminhos.

 

Ficha técnica

Performance e criação: Ana Luiza Torres

Edição: Manuela Makhoul

Trilha: Hieroglyphic Being

Duração: 4'57

Ano: 2020

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Dicks Unlimited, 2019

Maquiagem sob pôster

59cm x 82cm

EXPOSIÇOES, PRÊMIOS E PUBLICAÇÕES

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Desafio IADE - Fórum Tecnológico de Lisboa, 2023 

Zaratan Hammer Time (PT), 2021 - Cut by a Catfish 

Open Studios Associação Castelo Dif - Hangar (PT), 2021 - Confissões, 2021

Open Day Hangar (PT) , 2021 - Cartas de amor são ridículas (performance)

Hangar Centro de Investigação (PT), 2021 - residência artística https://hangar.com.pt/ana-torres/

 

See you, tomorrow - Atopos Gallery 2021, Venice (IT) 2021

 

Sala CompactaMAG - Museu de arte contemporânea de Goiânia, 2021 

Black Bienal Brasil Arte sem Fronteiras, 2021 - Meu corpo tem órgãos - video performance e, como palestrante Corpo e Estética, 13 de fevereiro de 2021

Cartas de amor são ridículas I - Histórias de Queerentena UFMG - ebook, 2021

3 Coletiva Eixo Arte Contemporânea (RJ) 2020 - Meus Fluídos

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